Comprei esse livrinho Doçuras de Domingo numa promoção da Amazon, e vocês sabem que as minhas resenhas de livros são bem sinceras, né? Se eu tivesse folheado numa livraria física não teria comprado não.
É um livro ruim? De jeito nenhum!
Acredito que cozinhar é uma das melhores formas de partilhar sentimentos e emoções. Já tentou fazer um doce quando está triste? Não dá ponto de jeito nenhum.
Anna Bittencourt
Esse livro parece um caderninho de vó: são 52 receitas daquelas que se aprende com a vizinha, com a mãe, com a amiga, que veio num rótulo e alguém alterou pra deixar melhor. Como o título sugere, são aquelas sobremesas de quando a família inteira se reune no domingo.
A idéia do livro surgiu porque quando uma sobrinha da autora Anna Bittencourt se casou, ela montou um caderno de receitas, com anotações e dicas, e acabou virando uma tradição distribuir esse livro como presente de casamento para a família e amigos.
Assim que eu abri o livro a primeira receita que eu bati o olho foi uma gelatina colorida em camadas, seguida por um mosaico de gelatina que tem muito a cara da minha infância e me deu muita vontade de fazer. A única receita salgada são os pãezinhos de minuto, iguais os da minha mãe. Ou seja, são exatamente o tipo de receita com o estilo da minha família.
Mas por que eu não compraria? Exatamente por isso! Eu poderia eu mesma resgatar cadernos antigos, livros de receitas da minha madrinha, e montar uma seleção das receitas que seriam afetivas pra mim. Inclusive pretendo fazer isso ainda.
De novo, o livro é ótimo, é mesmo um carinho compilado, receitas afetivas bem com a pegada dos anos 80, com fotos lindas em todas elas. Se é isso que você tá procurando, super recomendo. Mas se a sua família já tem um arsenal de receitas afetivas, talvez faça mais sentido resgatá-las.
Doçuras de Domingo
Anna Bittencourt
Editora Senac
192 páginas, capa comum, 2020 (1ª edição)